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Carta de Disciplina: Igreja Revela na Internet os Nomes e Pecados de Membros Afastados

A Igreja ONE, situada no Rio de Janeiro, gerou polêmica, pois, a Igreja Revela na Internet os Nomes e Pecados de Membros Afastados em suas redes sociais, uma carta aberta que detalha pecados cometidos por alguns de seus obreiros e as punições aplicadas a eles.


foto ilustrativa
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A carta, assinada pelo presbitério da igreja, busca abordar questões de integridade e santidade, mas suscitou diversas reações tanto entre os fiéis quanto na opinião pública.

Na carta, são mencionados explicitamente o afastamento de um presbítero e sua esposa, além de dois diáconos, por razões que incluem embriaguez e comportamento autoritário e manipulador. Todos os envolvidos foram identificados nominalmente, o que gerou preocupações sobre a exposição pública e as possíveis repercussões para esses indivíduos.

De acordo com a nota, os líderes afastados reconheceram seus erros e expressaram arrependimento, dando início a um processo de restauração. A igreja também admitiu falhas internas em sua comunicação e na definição de limites claros durante o discipulado, comprometendo-se a desenvolver novos protocolos para evitar que tais incidentes se repitam.

A decisão de expor publicamente os pecados e as punições de seus membros divide opiniões entre os fiéis. Alguns defendem que a transparência é essencial para manter a integridade da igreja e promover a purificação espiritual da comunidade. Outros, contudo, veem a exposição pública como desnecessária e potencialmente prejudicial, sugerindo que questões tão delicadas deveriam ser tratadas com mais discrição e cuidado.


Reflexões Jurídicas sobre a Exposição Pública

Do ponto de vista legal, a exposição pública de falhas e punições dentro de uma comunidade religiosa pode ter sérias implicações. No Brasil, a Constituição Federal assegura a inviolabilidade da honra e da imagem das pessoas. Assim, a divulgação de informações pessoais e negativas nas redes sociais pode ser interpretada como uma violação desses direitos.

Especialistas em direito civil alertam que os membros expostos podem buscar compensação por danos morais se considerarem que sua honra e imagem foram prejudicadas pela divulgação. Além disso, a exposição pública pode ser considerada difamação, que é um crime previsto no Código Penal Brasileiro.


Uma Perspectiva Cristã

Para os cristãos, é fundamental lembrar que a correção fraterna deve ser guiada pelo amor e pela restauração. Conforme ensinado por Jesus em Mateus 18:15-17, o processo de lidar com o pecado deve começar de forma privada e, se necessário, envolver a comunidade com o objetivo de restaurar o pecador ao caminho correto. A exposição pública deve ser um último recurso e deve sempre visar a cura e a reconciliação, não a condenação ou a humilhação.

Na prática da disciplina eclesiástica, é essencial equilibrar a busca pela integridade e a santidade com a graça e a misericórdia. Cada membro da igreja é chamado a refletir o amor de Cristo em todas as ações, especialmente quando se trata de lidar com as falhas dos irmãos e irmãs na fé.

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